A escuta no consultório é sempre um risco, o analista não sabe o que vai ouvir, que paciente vai se adentrar ali, ou de que forma aquele encontro vai impacta-lo, porque gente, analista também é humano, mas ele escuta. Precisa ter a delicadeza de escutar sem julgamentos, pré conceitos, percepções pessoais. Ele se dispõe a escutar e o paciente se lança na sua fala. Também é um risco para o paciente falar, apropriar-se de si, deixar de tercerizar responsabilidades, expor seus traumas.
É um encontro com riscos para ambos.
Semelhante a isso, assim é a vida, um risco, desde o nascimento quando somos lançados pra fora do útero a contra gosto. Arriscamos a andar, mas é preciso descobrir novas coisas, arriscamos ao fazer escolhas, mas é preciso decidir.

Arriscamos, e assim vivemos.
Como sempre digo aos meus pacientes: apostamos, não há apostas sem riscos, nem vencedores.

Por isso arrisque-se, mas com cuidado.


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